domingo, 17 de junho de 2012

Continuando os estilistas dos anos 60...

Emanuel Ungaro


Nasceu em 13 de fevereiro de 1933, Filho de um imigrante italiano, na época um modesto alfaiate do Midi da França, ele descobre Paris com a idade de vinte e dois anos. Ele deve a sua formação a um mestre, Cristobal Balenciaga, junto a quem, como costureiro, diz haver aprendido tudo, entre 1958 e 1965. Instalado no início em cinqüenta metros quadrados, junto com sete operárias, ele trabalha hoje no triângulo de ouro parisiense, na avenida Montaigne. À frente de uma das últimas maisons de costura independentes, ele conta com 90 operárias para realizar seus vestidos. Em 1995, comemorou um quarto de século de costura. Ele se lembra: "Hoje todo mundo quer ser artista... Eu, depois que as operárias iam embora, varria o local, com vergonha de que soubessem que era eu mesmo quem fazia a limpeza..." Rico, florido, sensual, seu estilo é declinado através de toda uma paleta de marcas, das quais uma linha de prêt-à-porter, a Parallèle, amplamente comercializada.

GIVENCHY SPRING 2009



Guy Laroche
Estilista francês nascido em 16 de julho de1921, em La Rochelle, e falecido em 1989, em Paris. Com 28 anos, começou por ser assistente na casa de Jean Desses, mas, em 1955, mudou-se para os Estados Unidos da América para estudar os novos métodos de fabrico de prêt-à –porter ( pronto-a-vestir). Em 1957, regressou a Paris para abrir, junto aos Campos Elísios, a sua própria casa , tendo desde logo obtido grande sucesso na alta-costura. Impôs-se, contudo, sem agressividade como um criador de moda natural. Em 1961, aumentou a produção e Guy Laroche instalou-se num hotel na Avenida Montaigne, onde abriu a primeira loja e lançou a coleção inaugural de prêt-à –porter com o seu nome. O costureiro francês foi também criador do guarda-roupa de algumas obras cinematográficas, sendo a mais conhecida Casino Royale, uma comédia de 1967 onde contracenavam David Niven e Peter Sellers. Em 1966, dedicou-se também à confeção de prêt-à –porter masculino e para o efeito abriu uma loja de roupa para homens.
Ainda nesse mesmo em 1966, através da essência Fidji, os perfumes Guy Laroche começaram também a impor-se no mercado. A casa lançou ao longo dos anos diversos perfumes bem sucedidos, mas os mais famosos são sem dúvida o Drakkar Noir, que apareceu em 1982, e o Clandestine, de 1986. Em 1972, numa altura em que a sua empresa já pertencia (desde 1968) ao grupo BIC, Guy Laroche ganhou o Óscar de sportswear e, no ano seguinte, inaugurou o segundo estabelecimento para homens.
 A coleção de prêt-à –porter Guy Laroche Diffusion, apresentada em 1974, foi o lançamento para a globalização definitiva da marca, já que a partir de então cresceu imenso a nível de exportações. Paralelamente, abriram várias lojas em França e no resto do mundo. Ainda em 1974, as criações de prêt-à –porter da casa foram entregues a Guy Douvier e, em 1989, após a morte de Guy Laroche, as de alta-costura passaram a ser da responsabilidade de Angelo Tarlazzi.
Ao longo da sua vida, Guy Laroche recebeu diversas distinções, como o Dedal de Ouro para o melhor criador da alta-costura do ano em 1985, feito que repetiu em 1989, um mês apenas antes de morrer. Pelo caminho, em 1987, em homenagem pelo contributo que deu à nação francesa, já tinha sido nomeado cavaleiro da Legião de Honra.


Guy Laroche – Outono-Inverno 2012/13 - Paris

A Grife,Guy Laroche, no desfile Outono-Inverno 2012/13, aposta em transparência, brilho e muito preto para o inverno 2013 Por Lediane Filus em 09/03/2012
A Guy Laroche também investiu no clima gótico romântico em sua coleção de inverno 2013, que foi apresentada na Paris Fashion Week. O resultado foi o predomínio da cor preta, com toques sofisticados de padrões dourados.
O desfile foi evoluindo em etapas, conforme as modelagens e cores se alteravam. A primeira fase foi sombria, formada por transparências na cor preta, que foram combinadas a jaquetas e saias com acabamento envernizado, além de casacos que misturam couro e pelos. Houve espaço ainda para três looks brancos, que resultaram em um contraste de iluminação na apresentação.
Em seguida, foi a vez do brilho: paetês surgiram aplicados em calças, saias e blusas, algumas feitas de tricô. Na sequência, o laranja e o mostarda dominaram a passarela em suéteres que antecederam as padronagens de veludo, que ganhou a sofisticação dos detalhes em dourado.









Karl Lagerfeld








Nasceu em 10 de setembro de 1933, em Hamburgo na Alemanha, mudou-se aos 14 anos pra estudar em Paris. É desenhista de moda, estilista e fotografo. Iniciou sua carreira em 1955, onde se destacou pela primeira vez na moda, quando participou de um concurso de modelos de mantôs (um tipo de casaco comprido, como um sobretudo) promovido pelo International Wool Secretariat, aberto a qualquer jovem designer amador. Ele ganhou o prêmio pelo melhor desenho da peça, dado por um júri no qual estavam Pierri Cardin e Hubert Givenchy, e o convite para o seu primeiro trabalho em uma casa de costura, a Bauman.
Karl foi projetado por uma incrível longa lista de marcas e casas do mundo da moda além da já citada Balmain, Jean Patou, Repetto, Chloé, Hogan, Fendi e Chanel. Foi um dos primeiros designers da Alta Costura a iniciar a moda Masstige, ao criar uma colecção limitada para a H&M. É difícil encontrar uma área da moda ou cultura pop que não tenha sido tocada pela mão enluvada de Lagerfeld.

 Lagerfeld é conhecido como um dos estilistas mais influentes no mundo da moda do século XX. Karl Lagerfeld construiu provavelmente um dos mais fiéis conceitos de moda. Sua própria grife, homônima, inaugurada na década de 1980, produz perfumes e roupas.

Karl Lagerfeld  já recriou a lata da Coca-Cola Diet, desenhou capas para iPhone, desenvolveu uma colecção de maquilhagem para a Sephora e participou em campanhas publicitárias da Magnum. É difícil de imaginar que Karl ainda tenha tempo para desempenhar o seu mais importante e famoso papel como o último dos grandes costureiros, de uma época na qual figuravam nomes com Yves Saint Laurent e Valentino. Mas é afinal a sua capacidade de evoluir e mudar ao longo dos tempos que o mantém como uma personalidade relevante e interessante. 

 Dirigindo a gigante Chanel há 26 anos, o estilista é o responsável por manter a marca no topo da moda mundial com o refinamento e elegância das suas cobiçadas criações.
A Maison Chanel passava anos de mesmice e insucesso após a morte Coco em 1971. No ano de 1983, com a reputação solidamente estabelecida como uma força da moda do momento, Lagerfeld tornou-se o diretor criativo e estilista da grife. Na época, a notícia causou um alvoroço entre os fashionistas, uma vez que havia uma grande diferença entre o estilo atrevido do designer e o discreto e refinado de Coco Chanel.






Para a surpresa de todos, entretanto, ele conseguiu recriar a fama e a força da maison mais importante do século 20 sem perder o DNA do estilo e da tão forte personalidade de Gabrielle Chanel. O "Kaiser" da moda, como ficou conhecido, soube (e ainda sabe) respeitar as características que fizeram da Madeimosele a estilista mais importante do século passado.
 
Além do comando da marca, os dois têm algumas características em comum. Assim como Coco fazia, Karl gosta de enobrecer materiais simples e de chocar a sociedade invertendo a lógica da estética do seu tempo. O último lançamento da Chanel, a linha de bolsas Coco Cocoon, é a prova de que Lagerfeld tem o funcionamento parecido com o da estilista.
Apenas um ano após assumir a Maison Chanel, o designer surpreendeu o mundo da moda novamente ao criar sua própria linha de prêt-à-porter, chamada "Karl Lagerfeld", e mais uma linha com precinhos mais acessíveis, a "KL".
Além de supervisionar todas as suas casas, criar as coleções individuais e lançar fragrâncias de perfumes para várias delas, ele encontra tempo para hobbies criativos.

Amante da ópera, do teatro e do cinema, criou figurinos para La Scala, em Milão, para o Schnitzler execuções, e para muitos filmes, incluindo “The Sun Also Rises”, “Festa de Babette”, “Le Viva Vie”, e “O General Le Morte de l'Armee” . Seus outros “passatempos” incluem decoração, restauração de casarões antigos e fotografar para anúncios de moda.

Não à toa, ele se auto-intitula o "camaleão da moda": "Quando eu faço Fendi, eu sou outro, quando eu faço Chanel, sou Karl Lagerfeld, ou KL. É como ser quatro pessoas em uma. Talvez eu não tenha personalidade, ou talvez tenha mais de uma", disse o estilista na biografia "Karl”, escrita por Paul Sahner.

Assista aqui à primeira parte do documentário "Signe Chanel",  sobre o processo de criação e produção da coleção de Alta Costura da Maison Chanel – 2004

Sinônimo de elegância e muito glamour, a Chanel é uma grife muito requisitada por consumidores que apreciam glamour e estilo. Em mais um desfile Karl Lagerfeld é uma sucesso.Com participação  Florence Welch que é uma cantora de renome internacional que tem vindo a distinguir-se igualmente por ser um ícone da moda mundial, Ela Recentemente  esteve presente no desfile de moda da grife internacional Chanel, dedicado à estação primavera / verão 2012, onde cantou algumas músicas do seu álbum.
Numa união perfeita entre música e estilo, o público viu Florence Welch vestindo Chanel e encantando tudo e todos ao apresentar-se num cenário inspirado no fundo do mar. Florence Welch vestindo Chanel foi o centro das atenções de um desfile que apresentou um conjunto de roupas femininas desenhadas por Karl Lagerfeld e que são sinônimo de luxo e sofisticação.
Além deste desfile, já foi possível ver Florence Welch vestindo Chanel em outras ocasiões bem diversificadas. Recentemente os apreciadores das roupas femininas de marcas como a Chanel, viram Florence Welch vestindo Chanel, num ousado e bem original editorial da Vogue Japão. Esta cantora foi igualmente fotografada com vestidos Chanel, para a capa de seu single mais recente.

Marc Bohan
Nasceu em 22 de agosto de 1926. Um dos Magos da Dior, foi estilista da Dior de 1961 a 1989 e entrou para a história como um dos criadores mais importantes da moda. Criou vestidos  para Brigite Bardot e Maria Callas, além de figurinos de alguns filmes como Secret Ceremony (1968), com um look especialmente produzido para Elizabeth Taylor. A atriz é uma espécie de madrinha de Bohan – ela encomendou de uma vez só 12 vestidos de sua primeira coleção, chamada “Slim Look”, que foi lançada em 1961.
Criou acessórios, objetos de design e perfumes. Além de costurar, Bohan gostava de fotos e desenhos, chegando a colaborar com o fotógrafo Dominique Issermann e com o pintor e desenhista René Gruau.


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