segunda-feira, 23 de abril de 2012

Década de 50



   Hoje vou eu falar da minha década preferida, a década de 50. Ela foi marcada pelo surgimento de novos ídolos da música e cinema, novos estilos, o avanço da tecnologia e, com o fim da guerra, a volta das mulheres a suas funções domésticas. Um filme bem legal que retrata bem essa retomada das mulheres é O Sorriso de Monalisa.


        CHISTIAN DIOR



    O New Look (Novo Visual) foi a primeira e revolucionária coleção de Chistian Dior, ela restabeleceu Paris como centro da moda, após o fim da guerra. Para criar a coleção, Dior se inspirou na estética de 1860 (Earty Victorian). A silhueta earty victorian (1837-1860) tinha os ombros estreitos com mangas até o punho, luvas, pequenos chapéus, cintura marcada com corset, saias em formato de sino armadas com anáguas e crinolina. Já o new look de Dior, tinha cintura marcada com o uso de corset, jaquetas com ombros arredondados e mangas até o punho, blusas justas, saias rodadas com anáguas, tule e criolina, saltos, luvas e chapéus.

 

      O new look dominou a moda durante toda década de 50, e propôs o luxo e a feminilidade extrema, copiados por mulheres do mundo. Em 1997, numa edição comemorativa limitada, a Barbie, boneca mais vendida no mundo, foi vestida com o famoso "tailleur Bar", look que virou símbolo do new look de Dior.



 
'"Nós saímos de uma época de guerra, de uniformes, de mulheres-soldados, de ombros quadrados e estruturas de boxeador. Eu desenho femmes-flurs, de ombros doces, bustos suaves, cinturas marcadas e saias que explodem em volumes e camadas. Quero construir meus vestidos, moldá-los sobre as curvas do corpo. A própria mulher definira o contorno e o estilo."
                                                                                                             Christian Dior

      A grife Christian Dior sobreviveu ao seu criador e ainda hoje é sinônimo de luxo e sofisticação. Desde 1997, o inglês John Galliano é quem está à frente das criações da marca.
     Algumas fotos da coleção primavera/verão 2012/2013 da Dior.

 




   Na coleção outono/inverno de 2010 da Louis Vuitton, vários looks lembravam muito o new look de Dior.

     


    E também, não poderia deixa de mostrar aqui um vestido que eu criei inspirada no new look de Dior, para uma a nota final de uma disciplina da faculdade.

          



   HUBERT GIVENCHY


              
    Muito cedo, Givenchy manifestou sua grande paixão pela. Quando a França se libertou da ocupação alemã, ele se muda para Paris e começa a estudar com Jacques Fath.
    Em 1952 abre sua própria maison, e sua primeira coleção fez sucesso imediato. Em 1953 Givenchy já era reconhecido como referência de moda, neste mesmo ano, conhece a atriz Audrey Hephern, que virou sua grande amiga e levou sua grife para as telas do cinema.

 Hubert Givenchy e Audrey Hepburn


      Balenciaga apadrinhou sua empresa e a várias coleções de dele. Givenchy combinava elegância e classicismo com audácia e modernidade. Uma grande característica de Givenchy foi criar exclusivamente para as suas principais clientes com Grace Kelly, Mona von BismarchJackeline Kennedy Onis.
      Entrou para história quando a triz Audrey Hephern usou vestidos criados por ele no filme Bonequinha de Luxo.

                            

       A marca se tornou parte do luxo francês, entrando no grupo LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton, ao lado de grandes marcas de prestígio.
     
                                

    
      Hurbert Givenchy se aposentou em 1995 e John Galliano tornou-se o novo mestre da marca. Em 1996, Alexander McQuem assume o lugar de Galliano e, em 2001 Julien MacDonald foi nomeado Diretor Artístico para as coleções femininas.
      


     LOUIS FÉRAUD



    Nasceu em Arles na França. Serviu como tenente da Resistência Francesa na 2°Guerra Mundial. Féraud se inspirava em várias culturas, principalmente as da América do sul. Usou e abusou das cores fortes, formas geométricas, bordados e um divertido preto e branco.

      
             
  
                                                                      

       Em 1950 abre sua primeira "Maison da Couture", e foi prestigiada por muitas estrelas do cinema como Roger Vadim e Brigitte Bardor, que usou um vestido dele em público e isso fez com que sua reputação alavancasse. Tornou-se figurinista, em 1960 se muda para França onde cria seu perfume chamado Justine junto com jovens designers.

                        

    
        A grife abriu lojas por todo o mundo, criou roupas perfumes masculino. Em 1980, desenvolve em parceria com a Avon o perfume Fantasque. Em 1987 sua filha Kiki teve sua primeira contribuição para a coleção de alta costura e, em 1996 ela lança sua primeira coleção.


     Em 1999 o grupo Holandês têxtil a Secon comprou a Féraud, em Dezembro Féraud morre aos 79 anos. A marca ainda produz luxo também com acessórios, relógios, jóias, cosméticos, óculos de sol.


   VALENTINO




      O estilista Valentino é conhecido por seus lindos vestidos de festa vermelhos, tanto que o ton mais usado por ele ganhou o nome de "vermelho Valentino".
      Começou com 17 anos como aprendiz em Paris, onde se formou estilista e trabalhou com Jean Desses Guy Laroche. O pai vendeu a própria casa para abrir a primeira loja do filho, sua mãe o aconselhou a se manter elegante e simples. O lema de Valentino era: "Eu sempre quis deixar as mulheres bonitas".

  Modelo Betty Lago usando roupas de Valentino em um ensaio fotográfico, em 1985.

                      


     Elizabeth Taylor e Jack Kenny foram duas das primeiras clientes famosas de Valentino, a ex-primeira dama encomendou seu vestido de noiva a ele, para o seu casamento com Aristóteles Onossis em 1968. Neste mesmo ano, Valentino fez muito sucesso com sua coleção Branca, traindo assim as noivas endinheiradas. Além das noivas, outras características  dele são os vestidos vermelhos, laços, detalhe nas golas e na bainha.

   

  


    Em 2007 Valentino se aposentou, mas sua grife é uma das mais renomadas da atualidade.

  
    Espero que vocês tenham gostado!

domingo, 22 de abril de 2012

Década de 40

    Essa década é marcada pela 2°Guerra mundial, e por isso a silhueta da feminina muda, não é pra melhor. Por causa da escassez do náilon e a seda as meias desaparecem. Surge então o estilo militar e ele dura até o final da guerra. A moda dessa época não é nada glamorosa como as das décadas passadas.

   CLAIRE McCARDELL



  
   De 1930 a 1950, Claire revolucionou a moda feminina com suas roupas simples, funcionais e elegantes. Ela foi a principal força por trás do desenvolvimento do prêt-à-porter americano. seu estilo, com raízes no sportswear, era ao mesmo tempo casual e chique, para ela as roupas tinham que ser práticas, confortáveis e femininas. Suas roupas foram consideradas sutilmente sexy com decorações funcionais.

  

      Em 1949, criou o vestido envelope, também chamado de "pop over", que ficou famoso e foi produzido durante anos. Criou também a calça corsário e introduziu a malha de balé nas ruas. Antecipou o New Look de Dior suprimindo as ombreiras dos vestidos e abaixando as linhas das saias.
      

       Marcas registrada de Claire, os bolsos chapados, os rebites de metal, os prepostos, os ganchos visíveis estavam sempre presentes em suas criações.
      Em 1943 lançou o maiô estilo fralda que se tornou um clássico, ele lembra muito a calça saruel que é usada hoje.

   
      


    Considerada uma das estilistas mais influentes dos Estados Unidos, Claire usava em suas criações tecidos simples como algodão, brim, lonita de colchão, jérsei e xadrez vichy.
   Morreu muito cedo, aos 53 anos, mais deixou uma contribuição fundamental para o lifestyle das americanas.


   CRISTÓBAL BALENCIAGA


      Dez anos antes do New Look de Dior, as criações de Balenciaga começaram a atrair as damas da sociedade e atrizes famosas para sua Maison. A experiência adquirida em alfaiataria permitia que o espanhol não só desenhasse seus modelos, mas também os cortasse, armasse e costurasse o que não é comum aos estilistas, que em geral apenas desenham suas criações. A perfeição nas proporções conseguidas por Balenciaga em seus modelos aproximava sua arte da arquitetura, ele era considerado o grande mestre da alta-costura, seu estilo elegante e severo, às vezes dramáticos, tornou inconfundíveis suas criações. As cores que usava nesta época eram sóbrias, como tons de marrom escuro, porém ganhou, posteriormente, fama de colorista.


  


      Balenciaga viveu o auge de sua fama e criação durante os anos 50, começando em 1951, mudando a silhueta feminina ao eliminar a cintura e aumentando os ombros, num talhe bem acentuado. Em 1955, criou o vestido-túnica e, em 1956, subiu as barras dos vestidos e casacos na frente, deixando-as mais compridas atrás, além do primeiro vestido-saco.
  
         


      
    Em1957 apresentou o vestido-camisa. A linha “Império” foi criada em 1959 e veio com a cintura alta para os vestidos e os mantôs em forma de quimonos. Balenciaga era considerado purista e classicista. Seu estilo ainda é lembrado pelos grandes botões e pela grande gola afastada do pescoço.
       

                                                                

Não acrescente detalhes inúteis a um vestido. Não coloque uma flor simplesmente porque você tem vontade de fazê-lo, mas para indicar o centro da cintura, o ponto final de um desenho.”
                                                                           Christóbal Balenciaga

    Em 1972 concedeu a sua primeira e única entrevista. “A vida que suportava a alta-costura não existe mais. A verdadeira alta-costura é um luxo que não cabe mais no mundo”. Balenciaga fechou sua obra como se encerra um desfile: com um vestido de noiva para a neta de Franco.O mestre faleceu na Espanha em 24 de março , aos 77 anos.
   O estilo de Balenciaga voltou com tudo nas passarelas com releituras diversas, OLHA SÓ!
Patachou
 
Glória Coelho



    Pierre Balmain


   Nascido na cidade de Saint-Jean-de-Maurienne na França, Balmain trocou o curso de arquitetura pela moda na década de 30. Trabalhou cerca de cinco anos co Molineux. Em 1945 abriu sua maison e sai a frente de Dior com o lançamento das saias de cintura alta e rodadas.
      

     Um de seus marcos foi a estola, que era produzida com vários materiais, também estabeleceu a moda dos paletós por cima dos vestidos justos. Assim com Dior, Balmain satisfazia a necessidade do luxo e beleza pós-guerra, preferia sempre cores suaves, bordados, e se destacou pelo uso de peles, capas, punhos e cintos. Sua carreira chegou ao fim com a sua morte em 1982.

    


       E para trazer um pouco de modernidade, algumas fotos de desfiles da marca Balmain.

  
     



       JACQUES FATH


     Foi um estilista francês considerado uma das três principais influências na alta-costura do pós-guerra. Foi o primeiro costureiro a se associar com um industrial para desenvolver seu prêt-à-porter.
     Costureiro prodigioso ficou conhecido por suas saias amplas.
                   

    
     Popular e inovador, Fath vestiu "o chique parisiense jovem". Ele usava em suas criações materiais como cânhomo e lantejoulas feitas com cascas de nozes e de amêndoas. Sua casa fechou em 1957, e após três anos Fath morre de leucemia.



    CHARLES JAMES


    Em 1940 se fixa em Nova York, onde cria seus mais belos modelos. Considerado um mestre da corte, ficou conhecido por sua estética altamente estruturada. Considerava seus vestidos verdadeiras obras de artes e suas clientes também, tanto era que Salvador Dalí o chamou de "escultura mole".


      Seus vestidos com zíperes e casaquinhos de cetim branco também eram muito famosos.

    


     James se aposentou em 1958, e morreu sozinho e falido no hotel Chelsea em Nova York, de broncopneumonia, em 1978.


   Bom gente, como sempre, deixo a sugestão do site  http://www.fashioncyclopedia.com/ e o blog blogdassociais.blogspot.com.br. Espero que vocês tenham gostado.